Acabaram de me fazer uma pergunta cretina. Cretinissima, alias. "Aninha, qual o seu maior sonho?". Eu que sempre respondo ate ao que não me perguntam, silenciei. Muda, pasma, e ridícula por não retrucar. Inultilmente cacei um sonho grande, nobre... Uma viagem ao redor do mundo, filhos saudáveis e inteligentes que continuem meu legado, ou mesmo o Nobel da Paz por transformar a realidade de milhares de pessoas neste planeta desacreditado de fé e solidariedade! Incapaz de corresponder a algo tão magnânimo, respondi: nenhum!
Não tenho um maior sonho. Nenhum sonho meu e maior que os outros. Nenhum me acalenta mais o peito, nem me inquieta mais a alma. Todos me parecem belos e possíveis na mesma proporção.
Não digo que não haja viagens, filhos e premios em minhas projecoes. Existem, mas são expectativas de uma Ana do futuro. A de agora, sonha e deseja imediatamente.
Brisa entrando pela janela às 23:oo, disco do Cartola, cerveja gelada com meus queridos toda segunda, o corpo amado e quente nos meus lencois frios, domingo com meus pais, um vestido novo, manjericao fresco, gratidão de desconhecido, declaração de amor no violão, banho de mar, Lavras Novas, e tantos outros sonhos meus de cada dia.
Todos tão pequenos e tão bem guardados em meu coração neste Belo Horizonte.
* texto sem acentos e cedilhas por culpa do teclado
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
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Um comentário:
Acho que todos já nos deparamos com essa pergunta, mas poucos paramos para pensar que vivemos sonhando, e que os sonhos movem nossas vidas, e nos enche de esperança! Excelente resposta!
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