sexta-feira, 27 de março de 2009

Da natureza de Dona Flor (e da minha também)

" - Minha comadre, seu anjo da guarda é Oxum [...]". E como Flor indagasse como era esse Oxum, Dionísia lhe explica:

- Pois eu lhe digo que é o orixá dos rios; uma senhora de semblante muito calmo e vive em sua casa retirada, parecendo a própria mansidão. Mas vai se reparar, é uma faceira, cheia de melindre e dengue; por fora água parada, por dentro um pé de vento. Basta lhe dizer minha comadre, que essa enganadeira foi casada com Oxóssi e com Xangô, e, sendo das águas, vive consumida em fogo.

Jorge Amado, Dona Flor e seus dois maridos, p. 249














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